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OPINIÃO: Nem direita, nem esquerda. Qual caminho seguir?

Ruy Giffoni

Fiz uma pequena pesquisa para saber como se posiciona nossa população em relação a estas ideias de direita e esquerda que tanto são faladas nos veículos de comunicação e no meio político. Até para poder entender as caminhadas, os panelaços, os golpes e as discussões que permeiam o assunto, os ¿coxinhas e petralhas¿.

Ficou claro que se dizem de esquerda algo em torno de 20% da população. De direita, algo em torno de 10%. E 70% não são de nenhuma tendência, mas são contra corrupção e mau uso do dinheiro público, e querem melhorias na saúde, na segurança pública e na educação.

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Usei a expressão ¿se dizem¿ porque a grande maioria associa a esquerda ao socialismo, e a direita, ao capitalismo. E, aí, começa o problema, pois o socialismo não teve nenhuma grande evolução, até porque ele vai contra a natureza humana, não levando em conta o ser individual que quer melhorar e crescer. O socialismo tentou criar a social democracia, que é impossível de ser implantada, pois, na democracia, o livre pensamento é o ponto principal.

E o socialismo só existe em estados totalitários onde o Estado é o provedor de todas as necessidades, desestimulando o trabalho, a produção e a livre iniciativa. O pensador moderno Gramsci diz que ¿os fins justificam os meios, e qualquer ato só pode ser julgado a partir de sua utilidade para a revolução comunista¿. A potencialidade do conceito de Gramsci ¿está em reconhecer que a autoridade e suas diferentes formas de coerção envolvem artifícios muito mais sofisticados que a violência¿. 

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Por outro lado, o capitalismo vem evoluindo, e excetuando os bancos e transnacionais. Dá oportunidade às micro e pequenas empresas, que respondem por 90% dos empregos deste país, de assimilar a responsabilidade social como fator de diferenciação e de geração de emprego e renda. A grande maioria das empresas começou com indivíduos que trabalhavam mais que os outros e conseguiam acumular recursos para investir em negócios próprios.

No capitalismo, é respeitada a individualidade, permitindo que haja crescimento por esforço próprio, mas precisa que o Estado regule os juros e a inflação, para permitir o crescimento da geração de emprego.

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E agora se fala na mais nova tendência que é o capitalismo colaborativo. Em Santa Maria, temos o maior e melhor exemplo que é a Feira de Economia Solidaria, a 24ª Feicoop. A irmã Lourdes Dill conseguiu reunir famílias e pessoas para produzir e comercializar colaborativamente produtos das mais variadas origens, com muita responsabilidade ecológica e social. Mas, fundamentalmente, incentivando quem queria trabalhar e produzir para melhorar de vida. Isso é capitalismo, e não movimento socialista ou esquerdista. Esta revolução silenciosa vai mudar a forma de trabalhar e de gerar empregos num espaço muito curto de tempo. 

Quanto mais o homem colaborar com seus pares, mais crescimento saudável e sustentável será gerado.  

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